Como evitar que seus filhos sejam crianças mimadas?

Uma das tarefas mais difíceis da maternidade é estabelecer limites: por um lado, ninguém quer ser taxada como “a mãe chata”, mas por outro, ser uma mãe excessivamente permissiva também pode ter efeitos negativos.

Este artigo traz dicas destinadas a todas as mães que desejam encontrar um equilíbrio saudável entre as expectativas e cobranças que fazem aos pequenos.

 

 

O que é uma criança mimada?

 

Simplificando, a criança mimada é aquela que tem todos os seus desejos atendidos. É uma criança que sabe que vai ganhar uma discussão no grito e, por isso, usa birras e choros como recurso para obter o que quer. Para ela, a autoridade dos pais fica diminuída ou quase inexistente.

Geralmente isso acontece porque os pais encontram dificuldades para encontrar o equilíbrio entre as  vontades e as necessidades de seus filhos e o desejo de cumpri-las.

Como prevenir que isso aconteça na sua casa? Leia as dicas a seguir:

 

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1 – Sim é de prata, não é de ouro!

 

A mãe representa para as crianças, especialmente as menores, um porto seguro – e é exatamente por isso que ela é também uma figura de autoridade. Nesse contexto, aprender a dizer “não” nas horas certas pode ser uma das lições mais valiosas tanto para mães quanto para filhos.

É por volta dos dois anos que as crianças passam a testar os limites de seus pais: essa fase da vida dos pequenos é marcada por “birras”, pois é justamente nela que as crianças começam a se ver como seres com vontade própria e exercitar sua independência e autonomia, batendo o pé para fazer valer as suas vontades e desejos.

Nesse período, a maioria das mães pode começar a sentir a necessidade de dizer os “nãos” e impor limites aos pequenos, mas não sem sentimentos de culpa e medo de acabar sendo a tal da mãe chata. Aprenda a livrar-se desses sentimentos: você é a adulta e sabe o que é melhor para seu filho. Ensinando-o os porquês de sua decisão de dizer não, você estará transmitindo valores e discernimentos que o acompanharão pela vida toda.

Quando você julgar que é preciso dizer “não” ao seu pequeno, lembre-se: isso não precisa ser feito em tom de bronca. Dizer “não” também é um ato de amor! Afinal, uma criança que conhece seus limites é uma criança que se sente segura, pois sabe até onde pode ir e entende que a mamãe não é uma realizadora instantânea de desejos, mas figura que cuida para ela possa aprender a escolher sozinha com segurança.

 

2 – Negociar (com crianças) é uma arte!

 

Enfrentar uma birra ou cobrar um pouco mais da criança pode ser uma tarefa exaustiva. É sempre importante dizer por que você espera que ela aja de tal maneira ou por que ela não pode ter ou fazer algo.

Dessa maneira, você fortalecerá os laços de afetividade e confiança entre vocês, pois seu filho entenderá os motivos pelos quais é importante obedecê-la.

Isso também é importante, pois você estará dando ferramentas que o ajudarão a elaborar e articular seus próprios desejos e vontades. E é aí que entra a negociação: se um pequeno deseja um brinquedo quando você não está planejando dá-lo, por exemplo, é possível dizer a ele que ele pode esperar até o seu aniversário, mostrando quando a data chega no calendário, ou então incentivando-o a tirar boas notas ou ajudar em casa, e receber o presente atencipadamente por seu êxito.

Outra estratégia é oferecer algo que você julgar melhor para seu filho: ao invés de um brinquedo, um livro ou um passeio que ele deseja fazer.

Mas lembre-se: é imprescindível cumprir os combinados que vocês fazem. Assim, seu filho entenderá que você dá valor aos compromissos e se esforçará para fazer o mesmo, não só em casa, no convívio familiar, mas na vida como um todo.

 

 

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3 – Pai e mãe: parceria é fundamental!

 

Converse com o pai de seu pequeno e estabeleça uma dinâmica saudável, na qual a palavra de um nunca desautorize a palavra de outro.

Cuidem para que haja um consenso entre vocês, e que isso seja passado à criança. Dessa maneira, vocês não correrão o risco de ter serem vistos como “o bonzinho/a boazinha” e “o bravo/a brava”, fazendo com que o pequeno se sinta seguro para conversar ou fazer pedidos aos dois pais, sem isolar um de vocês do círculo de autoridade, segurança e, principalmente, confiança.

 

 

4 – Diálogo: o caminho para todos os acordos

 

Não importa a idade do seu filho: tente sempre entender os por quês de seus desejos e vontades conversando e argumentando. Abrindo espaço para verbalização, você estará mais preparada para decidir se é o caso de dizer sim, não ou negociar.

Se seu filho se sentir seguro e incentivado a conversar sobre o que quer e precisa, você terá mais chances de encontrar o equilíbrio na relação com ele, sem cair nos clichês da “mãe chata” e da “mãe que deixa tudo”.

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Resumo do Post

Sobre a Drª Clarice Abreu

Sou médica especialista em Cirurgia Plástica e Cirurgia Craniomaxilofacial, com formação nacional e internacional em Cirurgia Plástica Estética e Reparadora e em Cirurgia Plástica e Craniofacial Pediátrica. Estou comprometida com um atendimento diferenciado e humanizado, respeitando a individualidade de cada paciente e valorizando seus aspectos psicológicos, suas motivações e expectativas pessoais.

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