Cirurgias em crianças: como se preparar?

Qualquer cirurgia deve ser levada a sério. Para um bom resultado, cuidados devem ser tomados tanto no pré como no pós operatório. Quando se trata de cirurgias em crianças, esse cuidado deve ser redobrado e a responsabilidade fica, então, por conta dos pais e da equipe médica.

É importante todos estarem preparados para cirurgias em crianças, por isso montei esse post esclarecendo as dúvidas mais frequentes. Continue lendo!

Momentos antes de cirurgias em crianças. Uma pessoa adulta está segurando um aparelho de nebulização no rosto de uma criança.

Assim que os pais recebem a notícia de que o filho deverá passar por uma cirurgia, é comum acreditarem que isso só está acontecendo com eles. Mas cirurgias em crianças ocorrem com mais frequência do que pensamos. Inclusive, essas são as cirurgias mais comuns em crianças:

  1. Hérnias inguinais;
  2. Lábio leporino;
  3. Fimose/Hidrocele/Criptorquidia;
  4. Hérnia umbilical;
  5. Apendicite;
  6. Cistos;
  7. Hemangiomas.

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Como explicar para o meu filho o motivo de ele estar passando por isso?

A criança deve estar ciente do que acontece. Deixe-a fazer perguntas aos médicos, e faça perguntas você também. Pediatras estão acostumados às mais diferentes questões, então sinta-se seguro para tirar todas as suas dúvidas.

Converse com o seu filho sobre exames, o pré e o pós operatório, assim como a cirurgia em si. Se a criança for muito pequena, faça uso de brinquedos e até mesmo jogos educativos para tentar explicar da melhor forma.

É importante, também, não mentir para a criança. Se o procedimento tem possibilidades de gerar desconforto, não diga a seu filho “não vai doer”. Seja transparente e tente explicar as consequências da cirurgia de forma mais didática possível.

Acompanhamento nos exames da criança

A equipe médica deverá ter certeza do estado da criança, por isso é absolutamente necessário fazer exames antes da cirurgia. Fale com o seu filho, conheça a fundo como é realizado cada exame e o explique da forma mais leve possível.

É importante, também, compartilhar com os médicos todo os medicamentos que a criança toma.

Como afastar o medo dos pequenos nas cirurgias em crianças?

As crianças são mais inteligentes do que acreditamos. Se os pais estão aflitos, em desespero, ela vai perceber. Então, antes de mais nada, para a criança não sentir medo, é preciso que os pais estejam calmos e confiem na equipe médica. É somente desse modo que passarão segurança para o filho.

Em caso de doenças muito extremas, é altamente recomendável o acompanhamento de uma psicóloga para a família toda. Isso gera ainda mais suporte e ajudará tanto os pais, como os filhos, a se sentirem mais amparados e menos ansiosos em relação aos possíveis procedimentos.

Como ensinar a criança a explicar a cirurgia para os amiguinhos?

Da mesma maneira didática que você explicou, se o seu filho desejar compartilhar isso com os colegas, incentive-o. Até mesmo porque se ele estiver na escola, sua ausência será percebida e algumas questões podem surgir.

Para evitar possíveis constrangimentos, deixe tudo muito claro para a criança.

Adulto segurando na mão de criança no hospital. A criança tem um soro na mão.

O dia da cirurgia

Nesse momento é importante manter a calma. Siga à risca as instruções que os médicos te deram.

Tenha a certeza de que seu filho está apto para o procedimento: a criança não deve possuir nenhum indício de gripe, alergia, etc. Os exames devem estar em dia, e o jejum deve ser seguido como aconselhado pelo médico.

Não é recomendado ter muitos familiares na sala de espera. Isso pode criar confusão e estressar mais ainda os pais e a criança. No máximo, pais e avós. Com as tecnologias atuais, é muito fácil dar as notícias através de grupos de WhatsApp ou em redes sociais. Aposte nisso!

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Tente não ficar falando sobre a cirurgia enquanto seu filho estiver na operação – isso causará ainda mais aflição. Leia um livro, coma bem e tente se entreter com coisas leves e positivas.

Como os pais podem lidar com a própria tensão?

Procure grupos de ajuda no Facebook, converse com pais e crianças que já passaram pelas mesmas cirurgias, tire todas as suas dúvidas com a equipe médica e leia muito sobre o assunto.

Se a tensão for muito grande e não se dissipar com o tempo, procure um profissional para te ajudar a passar por essa fase.

Formas de distrair a criança durante o pós-operatório

Como o repouso pode deixar o seu filho inquieto e entediado, é importante lhe oferecer atividades enriquecedoras e calmas para que isso não aconteça.

  • Livros infantis são de extrema ajuda para entreter as crianças, ainda mais se os pequenos já estiverem habituados à leitura.
  • Jogos de tabuleiro ajudam a entreter a criança por bastante tempo e ainda podem ser educativos, invista neles!
  • Evite permitir o uso de aparelhos eletrônicos. Eles podem causar irritabilidade, insônia, agitação e cansaço. 
  • Lembrando que o ideal é não receber visitas por pelo menos 48h, por conta do risco de contaminação.

Como ajudar seu filho a não se sentir mal com as cicatrizes?

Crianças podem não ter filtros e algumas vezes acabam fazendo algum comentário que deixará o amiguinho triste. Converse com seu filho, explique que graças à cicatriz ele está bem e curado. Faça-o enxergar isso como uma forma de vitória, não falha.

Mostre que todos as pessoas possuem cicatrizes, umas mais aparentes que as outras, e explique que isso faz parte da vida.

Descubra: As 8 doenças mais comuns em crianças

Essas dicas servem para deixar tanto os pais quanto a criança mais tranquilos. Agora você estará muito mais preparado no dia da cirurgia do seu filho!

Você conhece mais alguma dica pertinente quando se trata de cirurgia em crianças? Gostou de nossas dicas? Compartilhe sua opinião conosco nos comentários!

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Resumo do Post

Sobre a Drª Clarice Abreu

Sou médica especialista em Cirurgia Plástica e Cirurgia Craniomaxilofacial, com formação nacional e internacional em Cirurgia Plástica Estética e Reparadora e em Cirurgia Plástica e Craniofacial Pediátrica. Estou comprometida com um atendimento diferenciado e humanizado, respeitando a individualidade de cada paciente e valorizando seus aspectos psicológicos, suas motivações e expectativas pessoais.

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