Dia da Infância – A Situação das Crianças no Brasil

Você sabia que o dia 24 de agosto é o dia oficial da Infância? Quem criou essa data foi a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

 

Diferentemente do dia das crianças, onde o intuito é celebrar essa fase, o dia da infância tem como razão principal divulgar e conscientizar a população da dura realidade que diversas crianças sofrem diariamente. Durante a infância, muitos direitos das crianças, que parecem ser simples e naturais, são negados a elas, forçando-as a se submeterem à situações precárias e/ou de risco.

 

Criança tem que brincar, aprender, estudar, descobrir, correr, desenhar, explorar. É a idade onde a mente, o caráter, a personalidade e o emocional são formados, portanto deve se dar exatamente o que essa idade demanda: direitos básicos para viver bem!

 

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No post de hoje te contaremos tudo o que você precisa saber sobre a situação das nossas crianças no Brasil. Saber dos problemas é o primeiro passo para transformá-los! Então vamos saber melhor como estão as crianças brasileiras?

 

QUAIS SÃO OS DIREITOS BÁSICOS DAS CRIANÇAS?

 

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) foi criado em 1988 para garantir que a integridade dos jovens e crianças sejam protegidas. Todas as crianças têm direito a educação de qualidade, vida, respeito, dignidade, cultura, esporte, lazer, moradia segura, saúde, integrar a vida comunitária sem discriminação, alimentação, ambiente familiar adequado e liberdade.

 

Entre tantos direitos que deveriam assegurar uma vida de qualidade para as nossas crianças, sabemos que nem a metade é cumprida nos dias atuais. Os motivos são vários: pobreza, violência, vida precária, corrupção, situação familiar inadequada, abusos, entre outros.

 

POBREZA

 

De acordo com uma publicação recente da Fundação Abrinq, 17,3 milhões de crianças de 0 a 14 anos moram em domicílios de baixa renda. Isto é, são mais de 40% de todas as crianças desta faixa etária vivendo em habitações pobres. Em situação pior, estão os 5,8 milhões (13,5%) de crianças em situação de extrema pobreza.

 

cria

 

A pobreza impossibilita uma vida de qualidade, com educação, alimentação, saúde e saneamento básico, o que causa doença e até mesmo morte. Quando as crianças nascem em um ambiente assim, suas chances de completar os estudos e ingressar no mercado de trabalho se reduzem drasticamente, já que desde novas, elas acabam ajudando a família, seja trabalhando ou fazendo os serviços domésticos. Isso pode prejudicar a educação.

 

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TRABALHO INFANTIL

 

A pobreza é a principal razão do por que as crianças trabalham.

 

Segundo a lei, menores de 16 anos (exceto menor aprendiz com 14 anos) são proibidos de trabalhar. Mas nosso país possui mais de 2 milhões de crianças que trabalham, segundo a Fundação Abrinq. Se comparado com um estudo anterior realizado em 2015, o número reduziu, mas ainda é alarmante. No Nordeste e no Sudeste encontram-se mais crianças vivendo nessa realidade.

 

O trabalho infantil faz com que a criança se afaste da escola e, por consequência, dos estudos, além de diminuir o descanso e o tempo para brincar. O tempo na rua também pode tornar as crianças vulneráveis a problemas com drogas, violência e crimes. O trabalho também afeta o desenvolvimento físico, psicológico e intelectual dos jovens e crianças.

 

ABUSOS E VIOLÊNCIA

 

É dever do Estado assegurar uma vida sem violência e fazer valer os direitos das crianças e adolescente para mantê-los a salvo de todas as maneiras de exploração, violência, crueldade, negligência, discriminação, e opressão.

 

Mas uma informação do estudo feito pela Fundação Abrinq mostra que isso nem sempre acontece. Mais de 18% dos homicídios no Brasil são cometidos contra crianças e adolescentes, sendo a região Nordeste onde mais se concentra a maior taxa de homicídios.

 

SAÚDE E DOENÇA

 

Sabemos que a saúde é direito de todos os cidadãos e, segundo a constituição, o Estado deve garantir o acesso universal e igualitário aos serviços  de saúde.

 

infância

 

Porém, no estudo mais recente realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 68% da população que possui 0 a 17 anos consultaram um médico nos últimos 12 meses.

 

MORTALIDADE INFANTIL

 

A mortalidade infantil é um indicador social que analisa a qualidade de saneamento básico, saúde e educação de uma região. A conta é simples: O número crianças que faleceram antes de completar um ano de vida a cada mil crianças nascidas vivas no período de um ano.

 

Em 2015, os dados da UNESCO (União das Nações Unidas para a Infância) mostraram que 16 mil crianças morrem diariamente tendo menos de cinco anos no mundo inteiro.

 

As causas são várias:

 

– Desnutrição

– Falta de acesso aos hospitais

– Pobreza

– Ausência de acompanhamento médico

– Falta de saneamento básico

 

A mortalidade infantil é um assunto tão sério que a ONU (Organização das Nações Unidas) a definiu como uma das oito metas de desenvolvimento do milênio.

 

Uma notícia boa é que a taxa de mortalidade infantil tem diminuído no Brasil. Ainda não é o ideal, mas pouco a pouco podemos chegar em um resultado menos alarmante do que vivemos hoje.

 

 

O futuro?

 

infancia brasil

 

A situação da infância no Brasil não é nada boa, como acabamos de ver. Ainda há um longo caminho a percorrermos se quisermos oferecer às nossas crianças uma vida adequada.

 

As crianças são o futuro. Vamos cuidar melhor do futuro?

 

 

Veja também: Lábio Leporino: tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

 

SOBRE CLARICE ABREU

A Dra. Clarice Abreu possui uma clinica e é especializada em cirurgia plástica e craniomaxilofacial. Encontre mais informações sobre ela: https://www.clariceabreu.com.br/dra-clarice-abreu/

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2 comentários em “Dia da Infância – A Situação das Crianças no Brasil”

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Resumo do Post

Sobre a Drª Clarice Abreu

Sou médica especialista em Cirurgia Plástica e Cirurgia Craniomaxilofacial, com formação nacional e internacional em Cirurgia Plástica Estética e Reparadora e em Cirurgia Plástica e Craniofacial Pediátrica. Estou comprometida com um atendimento diferenciado e humanizado, respeitando a individualidade de cada paciente e valorizando seus aspectos psicológicos, suas motivações e expectativas pessoais.

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